A ruptura ocorreu ainda no primeiro tempo da partida, em um erro de domínio de bola. O lance, inclusive, gerou muita polêmica por conta da falta de fair play por parte do atacante Renato Marques, do Coelho, que marcou o gol enquanto João Paulo estava caído, pedindo para paralisar a jogada.

– O tendão de Aquiles é um dos mais fortes do corpo. Então, praticamente em todas as rupturas, o atleta tem uma tendinose prévia, um processo degenerativo de desgaste prévio à ruptura. O Aquiles quase nunca se rompe se estiver completamente saudável – explica Ricardo Vidal, fisioterapeuta que integra a Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física (Sonafe).

A tendência é que o arqueiro retorne aos gramados apenas em 2025, mas existe a possibilidade de que ele esteja em condições de jogo na reta final da Série B deste ano, tudo dependerá da evolução clínica e física.

– Ele terá que passar um período imobilizado, com restrição de carga, e então usará uma bota ortopédica no pós-operatório. Após isso, será uma longa jornada de reabilitação, que dura normalmente entre oito e dez meses. O processo inicia com o restabelecimento da amplitude de movimento, depois da capacidade de produção de força e, por último, há o restabelecimento da capacidade de produzir potência, onde ele será reinserido gradativamente nas atividades dentro de campo – complementou Ricardo Vidal.

Apesar dos avanços médicos, é possível que João Paulo encontre dificuldades para atuar no nível em que estava antes de romper o tendão. De acordo com o fisioterapeuta, estudos apontam que a taxa de retorno aos gramados varia de 60 a 100%, e a grande maioria apresenta perda de performance.

– É notório que o atleta que opera o tendão de aquiles após uma ruptura comumente no futebol tem uma queda de performance. Mesmo os que voltam a jogar, é muito comum que tenha uma perda de performance. Os atletas que mais sofrem são os que realizam tarefas de muita impulsão vertical, que é o caso do goleiro que tem que saltar muito mais que o atleta de linha, e ser goleiro é um fator agravante para perder performance – finalizou o fisioterapeuta da Sonafe.

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