No depoimento dado à polícia no dia seguinte da partida, o torcedor disse que invadiu o campo para “proteger a filha”, pois havia um tumulto nas arquibancadas. O homem afirmou ainda que entrou no gramado por uma porta aberta pelos próprios seguranças do Internacional.
Depois de ouvir duas testemunhas que trabalharam na partida e analisar as imagens enviadas pelo clube e pela emissora de TV, as autoridades concluíram que, embora o portão tenha sido aberto por funcionários do Colorado, o acusado partiu em direção ao tumulto acessando partes do gramado sem autorização.
ACUSAÇÕES
O relatório final do processo afirma que, ao contrário da versão do indiciado, essa ação não condiz com alguém que busca resguardar a segurança de sua filha e que a agressão ao jornalista foi gratuita e não foi praticada em situação de legítima defesa.
O laudo pericial enviado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) constatou a lesão corporal sofrida pelo jornalista na perna esquerda. O homem não foi indiciado pela agressão a Dudu Mandai, do Caxias, tendo em vista que o atleta ainda não registrou queixa – ele tem prazo de seis meses para realizar a denúncia.
Com relação aos possíveis crimes cometidos em relação à criança, a situação está sendo investigados pela Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca). A conclusão desse inquérito depende da perícia solicitada pela polícia para verificar se a menina sofreu alguma lesão ou trauma psicológico.