Diante do Inter, foram pelo menos três oportunidade claras perdidas. Sendo a principal delas ainda no primeiro tempo, quando Raphael Veiga teve o gol praticamente aberto para balançar a rede e chutou muito por cima do travessão. Seria o gol da vitória, pois a equipe colorada não fez grande partida e não ameaçaria a defesa palmeirense. Em um jogo difícil, em um campo que costuma ser hostil aos visitantes, não se pode deixar passar esses momentos de “matar” a partida. Se isso já é algo a se fazer nos dias bons, imagine então nos dias ruins.

Não é á toa que Gustavo Gómez, na entrevista pós-jogo, e Abel Ferreira, na entrevista coletiva, disseram que faltou eficácia ao time. É claro que a equipe não fez grande partida e esteve longe de sua atuação ideal, mas também ficou nítido que o ataque criou para sair de Porto Alegre (RS) com uma vitória na bagagem. E como o próprio Abel afirmou, não há muito o que explicar, faltou o gol e o gol poderia muito bem ter saído. Se não fosse dos pés de Veiga, poderia ter sido dos pés de Gabriel Menino ou da cabeça de Murilo. Mas ele não saiu.

O desperdício de gols não é uma novidade desse time de Abel Ferreira. Não por culpa dele, é claro, mas durante essa “Era Abel” a equipe se caracterizou por criar um volume de oportunidades muito grandes, mas ao mesmo tempo desperdiçá-las na mesma proporção. São muitos e muitos jogos que o torcedor alviverde vai lembrar que as chances não foram convertidas e o time empatou ou perdeu, ou até mesmo deixou de golear. Acontece que na boa fase, no jogo seguinte isso já era corrigido e compensado, sem margem para críticas.

Nesta fase pós-Data Fifa, em que o Alviverde venceu apenas um dos últimos oito duelos, podemos citar vários deles em que chances clara foram criadas e o gol não foi marcado. Para não citar todos, a exceção seria o confronto de ida e volta contra o São Paulo, na Copa do Brasil, no qual nos dois jogos as chances foram muito escassas. Mas diante do Bahia, do Botafogo (com direito a pênalti perdido), do Athletico-PR, do Flamengo e do Inter, as chances estavam ali para serem aproveitadas. O futebol não perdoa esses desaforos, principalmente nas fases ruins.

Para completar, é preciso lembrar que os principais jogadores como Dudu, Rony, Veiga e outros não passam por boa fase. Muito do que tentam não tem dado certo e a sorte também parece estar caminhando longe dos lados palmeirenses. Por isso é que nesses momentos é preciso concentração, foco e capricho máximos para converter as chances em gols. Quantos desses jogos citados poderiam ter sido resolvidos com a eficácia em dia? É preciso ter respeito pela má fase, o luxo que se tinha para perder gols não existe mais.

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