O Botafogo construía seus ataques com zagueiros e laterais praticamente alinhados, além de um primeiro volante como opção de passe mais à frente. O segundo volante, se posicionava atrás da marcação de Yuri Alberto, que apenas fazia ‘sombra’. Gabriel Pires e Marlon Freitas se alternavam na função, o que também confundiu a marcação alvinegra.
A ideia era atrair a marcação ‘individual’ de Maycon ou Matheus Araújo com o segundo volante, que aproximava da bola como uma ‘isca’. O passe seria colocado pelos zagueiros e laterais no espaço deixado pelo marcador corintiano, para o primeiro volante que se deslocava para o ataque.
A sensação de passividade na defesa não foi a causa da desorganização, e sim consequência: o meio-campo, que deveria estar postado, sempre encontrava um espaço provocado pelos volantes do Botafogo. Até identificar e cobrir esse buraco, o time adversário já infiltrava com o primeiro volante recebendo o passe à frente. Não tinha como corrigir isso dentro de campo, de maneira ’empírica’, como Luxemburgo prega.