Foi assustador como o Palmeiras complicou uma partida que se desenhava fácil quando perdeu o técnico Abel Ferreira na tarde do último sábado (15), contra o Cuiabá, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Já vimos o Verdão ir bem sem Abel no banco de reservas algumas vezes. Mas não podemos descartar que o elenco palmeirense para essa temporada está enfraquecido. Peças importantes saíram e não foram repostas. E as que foram, tiveram os seus reforços contratados mais tarde e estão em período de adaptação, que é o caso do atacante Artur. Assim, o plantel do Verdão nunca esteve tão rejuvenescido nas mãos do técnico português como agora. E, naturalmente, os atletas mais novos precisam de um ponto de referência no banco: o treinador.

No lance do gol do Cuiabá, marcado por Raniele no último minuto do primeiro tempo, a parte defensiva palmeirense estava completamente desorganizada. Marcos Rocha estava no meio da área, mas deveria estar no espaço onde o volante do Dourado infiltrou com total liberdade. Mas isso só aconteceu porque não tinha um volante acompanhando. E isso não foi um “acidente de percurso”: o Palmeiras tem cedido muitos lances assim, o que pode custar caro em um mata-mata ou em uma daquelas partidas importantes nos pontos corridos.SOS ELENCOQuanto ao elenco, a história é a mesma. Olha para o banco de reservas. Você não vê jogador capaz de mudar a partida. Richard Ríos é uma exceção, porque tem entrado bem e mostrado potencial. Todavia, ele é um volante. Segundo homem de meio-campo, com habilidade com a bola, mas, ainda assim, um volante. Então: “torcedores, calma”, já diria o letreiro de São Januário.E com uma quantidade relativa de atletas no departamento médio ou transição física, na qual o Palmeiras não está acostumado, a necessidade de reforçar o elenco parece gritar ainda mais. Sete jogadores desfalcaram o Verdão contra o Cuiabá por conta dessas questões: Vinicius Silvestre, Mayke, Piquerez, Atuesta, Raphael Veiga, Bruno Tabata e Rony.

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