A conversa entre Mano e a direção da equipe alvinegra foi rápida. O primeiro contato foi feito na noite de quarta-feira (27), após o departamento de futebol corintiano recuar na investida por Tite, que está indeciso sobre assumir algum clube no Brasil ainda neste ano. Uma reunião foi marcada por volta do meio-dia e foi definitiva para o acerto. A assinatura do contrato vai acontecer no CT Joaquim Grava pouco antes do início do treino, marcado para às 14h (de Brasília).
Mano Menezes foi ao encontro com a cúpula corintiana predisposto a aceitar a oferta. Ele não estava cogitando trabalhar ainda neste ano, mas a identificação com o Corinthians foi fundamental para ele aceitar a proposta. Desde a saída do Internacional, no fim de junho, ele chegou a negociar com a seleção paraguaia e um clube árabe, mas as conversas não evoluíram.
Mano sabe do momento incerto no Timão, por conta da eleição presidencial marcada para o dia 25 de dezembro. Ao mesmo tempo, está ciente que, em caso de vitória da situação, que tem como candidato André Luiz de Oliveira, o André Negão, as chances de permanência são grandes, já que um dos nomes fortes na campanha é o do ex-presidente Andrés Sánchez, que é admirador do trabalho do profissional e responsável pela contratação do treinador na primeira passagem dele no Timão, em 2007.
Se a oposição, liderada por Augusto Melo, vencer, a tendência é que o trabalho de Mano nos últimos dois meses de 2023 seja reavaliado.
A parte salarial também não foi entrave para o acerto. O valor mensal que Mano receberá é superior ao do Vanderlei Luxemburgo, seu antecessor, e também em relação ao que ele ganhava no Internacional, seu último trabalho, até junho deste ano. A quantia, no entanto, é inferior à que foi acertada com treinadores recentes do Corinthians, como Cuca e Vítor Pereira.
Além de Mano e Sidnei, um preparador físico deve ser contratado para fechar a comissão técnica, já que Daniel Felix foi dispensado junto com Luxemburgo, Maurício Copertino e Antônio Mello.
