Na ocasião, o São Paulo empatou o primeiro jogo no Morumbi, em 0 a 0, e perdeu a volta, por 2 a 1, no Mineirão, com um gol sofrido aos 44 do segundo tempo. Este foi um dos últimos jogos do ‘Terror do Morumbi’ em sua carreira, que chegou ao fim 17 dias depois.

Pelo Tricolor, Lucas conquistou apenas a Copa Sul-Americana de 2012, mas desde a sua apresentação ele deixou claro que deseja levantar mais um troféu pelo clube. À época, o São Paulo ainda estava na disputa do torneio continental.

– O objetivo neste retorno é poder conquistar. Ser campeão novamente. Acho que temos essa possibilidade com a Sul-Americana e Copa do Brasil. No Brasileiro, o Botafogo está distante mas tudo é possível – declarou o jogador.

Entre as semelhanças também está o posicionamento em campo. Ainda que vista o número 7, Lucas tem sido, na prática, o camisa 10 são-paulino desde o seu retorno vindo do futebol europeu. Ele é quem tem ditado o ritmo da equipe do meio para frente, dado a dinâmica ofensiva, além de pisar na área e marcar gols – nem sempre exatamente entrando no retângulo fatal. Em oito jogos, Moura foi às redes três vezes, uma delas justamente contra o Flamengo, adversário da final que inicia neste fim de semana. O ocorrido foi no dia 13 de agosto, quando as duas equipes se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro.

Vinte e três anos depois da última final de Copa do Brasil que o São Paulo disputou, a equipe do Morumbi não tem exatamente um ‘novo Raí’, mas é sentimentalmente levada a uma figura de idolatria semelhante. Um jogador decisivo que pode fazer a diferença e tornar o estádio do Tricolor um terror para o adversário.

Não só o momento, mas o rival, as características entre os atletas, o futebol jogado e diversas outras circunstâncias de comparação entre Lucas e Raí são diferentes. O que não muda são as três cores que embalam um sentimento. O de fé. Que jamais acabará. E que é independente à resultado, pois seguiu com o São Paulo em 2000 e chega novamente em 2023, com novos personagens, em busca de uma conquista que manifestará mais uma vez a soberania nacional do São Paulo Futebol Clube.

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