— Sobre o assunto do Pedro, eu já falei na outra coletiva e vou falar hoje de novo, é um assunto completamente encerrado. Não tem nenhuma polêmica, não tem absolutamente nada. Eu sou o homem mais feliz do mundo quando um jogador como ele entra e faz o gol. O futebol é maravilhoso. O futebol te dá essas possibilidades, permite isso. Eu tenho o lema que vivo e penso isso diariamente: “Não existe ninguém mais importante com a equipe”. Nem o Pedro e nem nenhum outro jogador que está e nenhum outro jogador que passou, é mais importante com o Flamengo — disparou Filipe.

— Então, com isso, a equipe precisa do Pedro, precisou do Pedro, e hoje eu gostei não só do gol, gostei da forma que ele se comportou defensivamente, da forma como ele correu, como ele jogou com os companheiros. Esse brilho que ele tem, ele recuperou, e nós precisamos muito dele, estou muito feliz, muito feliz mesmo — completou o treinador.

O técnico do Fla explicou ainda a opção por utilizar o camisa 9 junto a Juninho no segundo tempo. Os dois atacantes participaram do lance que gerou o escanteio, do qual saiu o gol rubro-negro.

— Com dois atacantes o time ganha em umas valências, perde em outras, mas eu acreditava que hoje era importante pela forma com que o Firminense vinha se defendendo, para poder tentar entrar na defesa deles com os dois no ataque, e por sorte a jogada do escanteio veio de uma combinação dos dois e depois é um gol escanteio maravilhoso — comentou o comandante.

Filipe Luís analisou também a preparação do Flamengo para o clássico com o Fluminense. A equipe vinha de derrota por 1 a 0 para o Santos no meio de semana. Ele elogiou o rival e valorizou a vitória no Maracanã.

— Tivemos poucos dias de treinamento depois do jogo de Santos, com algumas baixas de jogadores que não estavam à disposição. Jogar um clássico sempre é complicado. Sempre foi complicado jogar contra o Fluminense, seja do Diniz, do Mano, do Renato, sempre é difícil. É um time que impõe muitas dificuldades aos seus adversários. Conseguimos uma grande vitória muito importante para nossa caminhada — disse o técnico do Fla.

— Ressaltar, primeiro, o trabalho da equipe. Hoje tivemos várias baixas, lesão do Erick (Pulgar), pode ficar três, até quatro meses fora. Do banco, acho que todos menos dois ou três jogadores passaram pela base. Ao mesmo tempo que estamos curtos com o elenco, me deixa orgulhoso que os meninos conseguem corresponder. Correram muito, fizeram muito, esforço muito grande para conseguir vencer esse jogo. Não era um jogo fácil, que a nível mental exige muito. Jogo de cuidados. Fizeram um grande jogo.

— Falando disso (reforços), é um assunto recorrente. A diretoria sabe as características dos jogadores e das posições que a equipe precisa. E estão trabalhando para que isso aconteça. Eu, enquanto isso, tento sempre tirar o máximo dos jogadores que eu tenho, fazer com que o time vença com as peças que tenho na mão. Eu sempre sou um homem de clube. O que eu clube decidir, estou encantado de poder ajudar.

— As contratações, esses assuntos são da diretoria. Meu trabalho é fazer o melhor rendimento com jogadores que estão na minha mão. Conversamos muitos, traçamos o perfil dos jogadores que procuramos, as características e posições. Com certeza, vão chegar reforços. Claro, como treinador eu quero (para) ontem. Mas sabemos que negociações, às vezes, não são fáceis, mas é um assunto da diretoria. Enquanto isso, vou continuar trabalhando. Os jogadores que eu tenho são muito bons e hoje demonstraram.

— Sobre o Viña, não podemos que nunca esquecer que um jogador que entra no campo, não importa se ficou dez, meses ou dois anos parado, vai ser sempre julgado no momento em que está. É um jogador que ficou dez meses fora, quase não teve minutos. Só entrou 15 minutos contra o Fortaleza, 15 contra o Los Angeles e hoje outros dez, 15. Ainda não jogou 90 minutos, nem 45. Tô tentando fazer com que ele jogue para somar esses minutos que o treino nunca vai dar. O treino condicionar, mas só o jogo poderá dar esse “plus” que falta para aguentar os 90 minutos. Como treinador, eu tenho que ter o cuidado necessário e também entender que, uma vez que ele entre em campo, ninguém vai lembrar que o Viña ficou dez meses (fora), que se esforçou, lutou. Vão cobrar o rendimento imaginando o Viña antes da lesão. Meu trabalho também é protegê-lo dessa forma. Conforme for evoluindo e melhorando fisicamente, ele vai somando minutos. O resto ele já tem.

— Sempre é difícil jogar fora de casa no Brasileirão, pelas dificuldades que existem nesse campeonato tão competitivo. Ainda não estudei, mas conheço bem o Bragantino, conheço muito bem o (Fernando) Seabra e a forma como ele joga, a forma como era no Cruzeiro e agora. É referência para todos os treinadores. Sem dúvida, será um jogo muito difícil, até porque sei que pouparam jogos para quarta-feira. Mas temos que ganhar porque a caminhada é longa e precisamos dos pontos.

— Sem dúvidas. É um grande candidato ao título. Fizeram grandes contratações no início do ano e, principalmente, a contratação de um treinador que chegou e organizou rapidamente essa equipe recheada de jogadores novos, estrelas e novos no clube, com essa fome e ambição de fazer história no Cruzeiro. E a gente nota isso: um time muito organizado. Vão estar brigando até o final. O campeonato é longo, ainda faltam muitos jogos para todos nós, mas, sem nenhuma dúvida, é um candidato.

O que eu mais quero é que eles driblem e sejam ousados. Foi o que eu pedi para o Cebolinha antes do jogo: “Pode ir em todas para cima, errar 50 vezes, mas que erre tentando”. É o que eu quero. A fase de construção e estabilidade da equipe passa por uma série de jogadores em que os jogadores de ataque não participam. Eles têm que resolver na hora que a bola chega no pé deles. Aí tem uns que estão melhores, outros não tão inspirados no dia. Mas eu não só olho para essa ousadia. Tenho que olhar para como o jogador está com a bola, quantas jogadas cria, como defende, recompõe, pressiona. Tenho que olhar todos os aspectos do jogo, depois decido pelo que a equipe como um todo precisa. Prefiro colocar alguns jogadores em alguns jogos, outros como opção de segundo tempo. Meus zagueiros saem driblando muitas vezes, peço isso a eles. Sou o que menos quer que o jogo só lateralize, gosto que sejam ousados.

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