Os primeiros 45 minutos do Fluminense foram praticamente irretocáveis. Mesmo sem a bola a maior parte do tempo, o Tricolor teve o controle das ações e do jogo até os instantes finais do primeiro tempo. Ainda buscando alternativas à ausência de Jhon Arias, a equipe foi contundente em jogadas pelas pontas com Serna e Soteldo, muitas vezes acionando a dupla em bolas longas às costas da defesa do Palmeiras.

O plano de jogo foi efetivo, e o Flu teve volume na criação. Em um desses lances, o camisa 7 venceu duelo com Vitor Roque pela esquerda e achou Freytes na área. O zagueiro foi derrubado por Facundo Torres, e arbitragem apontou pênalti. Na cobrança, Cano foi certeiro como sempre para abrir o placar.

Tudo caminhava para a vitória parcial do Fluminense antes do intervalo. Contudo, já nos acréscimos da primeira etapa, o primeiro desastre da noite mandou por água abaixo a boa atuação até então. Sólida até então, sem permitir uma oportunidade sequer ao Alviverde, a linha defensiva tricolor viu Maurício subir sozinho — entre Freytes e Fuentes — para cabecear. Fábio, com a bola nas mãos, aceitou o gol de empate. A torcida, por sua vez, não desanimou e entoou o nome do goleiro após o lance.

Não bastasse a falha do camisa 1, o Flu voltou para o segundo tempo errático, dando mais chances ao Palmeiras. A esperança de melhora veio aos 15′, quando Thiago Silva entrou em campo. No entanto, qualquer animação foi desperdiçada um minuto depois. Martinelli saiu jogando errado e entregou a bola nos pés de Vitor Roque, que virou o jogo cara a cara com Fábio.

Com a derrota no placar, o Tricolor passou a ter a posse e ocupar o campo de ataque, mas com pobreza criativa que se resumia em cruzamentos à distância e um “Deus nos acuda”. O ímpeto não foi suficiente, as falhas custaram caro e o Fluminense deixou o Maracanã sob o som de protestos da torcida, direcionados ao presidente Mário Bittencourt.

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