De início, é importante destacar que as duas equipes estão em situações completamente diferentes no Brasileirão. Enquanto o Leão do Pici é o penúltimo colocado, com 10 pontos, o Bahia é o quarto, com 24, briga para se manter no G-4 e sonha com a liderança.
Esse resultado também ajudou a desgastar o trabalho de Vojvoda, que já estava em apuros e terminou definitivamente no último domingo, quando o Leão do Pici perdeu o clássico para o Ceará no Brasileirão. Depois de uma despedida calorosa dos torcedores, o argentino deu lugar ao português Renato Paiva, que vai reencontrar o Bahia no seu primeiro jogo à frente do novo clube.
Vale lembrar que Paiva treinou o Bahia de janeiro a setembro de 2023, primeiro ano do Esquadrão sob a gestão do Grupo City, foi campeão baiano, mas deixou o time em situação delicada na luta contra o rebaixamento e já dividia a opinião da torcida.
Como já citado acima, depois daquele jogo entre Bahia e Fortaleza na Copa do Nordeste, o Tricolor cearense chegou a oito partidas seguidas sem vencer, mas essa sequência aumentou com a derrota por 1 a 0 para o Ceará no último domingo.
Agora, o Leão do Pici precisa dar a volta por cima para encerrar essa fase, que é ainda pior por conta das seis derrotas consecutivas que a equipe já soma. O último resultado positivo foi um 5 a 0 contra o Juventude, pela 8ª rodada do Brasileirão, no dia 10 de maio.
Enquanto o Fortaleza passa por um jejum de vitórias, o Bahia não sabe o que perder há cinco jogos, com direito a quatro triunfos seguidos e o empate da última terça contra o América de Cali, com time misto. A última derrota do time de Rogério Ceni foi no dia 4 de junho, por 2 a 0, em partida atrasada da Copa do Nordeste contra o Confiança. A comissão técnica poupou os atletas titulares e escalou uma equipe repleta de garotos da base. Nem o próprio Ceni viajou na ocasião.
Sequência positiva do Bahia:
Este tópico não é exatamente sobre mudanças em uma semana, mas serve para destacar que, entra técnico e sai técnico, Rogério Ceni continua como uma figura importante para Bahia e Fortaleza. Afinal, a ascensão do Leão começou com ele em 2018, quando foi campeão da Série B. O treinador seguiu no comando até 2020, ainda levou o time à Sul-Americana e foi bicampeão cearense. Foi com essas marcas quebradas que Vojvoda aproveitou o “bonde” e deu ainda mais vida ao projeto do Fortaleza nos últimos quatro anos.
Atualmente no Bahia, Ceni também quebrou barreiras importantes em Salvador e, depois de herdar o trabalho de Renato Paiva e livrar o time da queda em 2023, o Esquadrão se classificou para a Libertadores no ano passado, depois de 36 anos. Mesmo com a queda na fase de grupos, o Tricolor baiano está bem encaminhado nas quatro competições que disputa neste ano e tem boas chances de ir longe. O trabalho é tão convincente que o Bahia renovou com Ceni até 2027.
É neste contexto de fortes mudanças e esperanças para ambos os lados que Bahia e Fortaleza se enfrentam neste sábado, no Castelão.