RECLAMAÇÕES NO ÚLTIMO DOMINGO- Bitello eu não costumo tirar. Ele vem tendo um problema no adutor, que estamos administrando, sente muitas dores, praticamente não treina, só joga. Fazemos tratamento manhã, tarde e noite. A gota d’água para lesão dele, como apareceram dores musculares em outros jogadores, foi a grama sintética do Palmeiras. Aumentou a dor dele – apontou Renato Gaúcho após o empate gremista no domingo.No São Paulo, dois titulares fundamentais acabaram tendo que passar por cirurgia no duelo com o Água Santa: Galoppo e Welington.

Somente no estádio alviverde, nas últimas três visitas do São Paulo – incluindo esta com o Água Santa -, jogadores saíram machucados. E sempre a culpa recaiu sobre o mesmo aspecto: o gramado sintético, que não é comum aos atletas do Tricolor.

– Talvez uma pessoa que venha com um problema de lesão… No Allianz você vai ter um futebol mais rápido, porque a bola acaba correndo mais, porque o jogador ganha muito tempo em não precisar olhar para o chão para correr, porque não tem buraco. Jogador mata a bola, corre e lança. Deixa o futebol rápido. E isso pode forçar mais o jogador, porque a bola corre mais rápido. Todos os testes foram feitos e temos aqui o certificado. As chances de alguém se lesionar no Allianz Parque, com o gramado da Soccer Grass, é zero – completou Oliveira.E a tendência é que as reclamações aumentem. Com os estádios tendo a realização de shows como uma importante fonte de renda, os clubes tendem a adotar a grama sintética para não prejudicar o espaço de jogos. Os próprios Grêmio e São Paulo têm projetos de implantação desse tipo de piso, além de São Januário, Maracanã, Vila Belmiro, Couto Pereira, Beira-Rio, Fonte Salvador, Mané Garrincha e Castelão.

– Hoje, os parâmetros que a Fifa utiliza para usar o gramado sintético vêm da Europa, e a gente sabe que na Europa o futebol é bem mais rápido. Muitos jogadores que saem do Brasil e vão jogar na Europa passam por um preparo físico para jogar já. Quando o cara está para se aposentar lá fora precisa parar de jogar. E quando vem para o Brasil consegue jogar até uns dois anos, porque a condições dos gramados naturais no Brasil, por conta do calendário, não têm grama natural que aguenta. Sendo assim, não tendo equipamento em condição de jogo, totalmente regular, você vai ter futebol mais lento. Quando o jogador está lá fora, não está acompanhando o ritmo e não consegue jogar mais lá, ele vem para o Brasil, porque o futebol é mais lento por conta dos gramados. De fato, os testes são extraídos dos gramados naturais de fora e o que acontece lá, precisa acontecer nos gramados sintéticos daqui. O jogo fica mais rápido, não tem buraco, campo totalmente plano e isso exige mais da musculatura do jogador, porque ele tem que estar mais preparado. Mas isso não é problema do gramado, mas da condição física do jogador – concluiu o presidente responsável pela manutenção do piso palmeirense.

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