Além disso, o jogador contou bastidores do último jogo de Bruno Lage. O então técnico havia barrado Tiquinho Soares no empate em 1 a 1 com o Goiás.

– A gente ficou um pouco surpreso pela escalação (contra o Goiás). Na verdade, ele (Lage) testou várias formações ali, só que ele colocou o Diego (Costa) também, que é um grande jogador, que já ajudou muito também. Só que o Tiquinho tinha um peso. Esse peso fez com que ali, na hora do aquecimento, a torcida já começasse a gritar o nome do Tiquinho e já imaginamos que isso poderia acontecer – disse.

Em seguida, Júnior Santos foi veemente sobre a dimensão daquela situação.

– Isso foi um divisor de águas naquele momento por tudo que estava envolvido, por ser o Tiquinho e o que ele está fazendo no campeonato. Foi um peso que trouxe uma atmosfera mais fora de campo. Foi algo que mexeu um pouco – afirmou o camisa 37.

O atacante ainda contou outro episódio marcante do período de Lage no Glorioso: quando, após a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, o português fez um breve pronunciamento e colocou seu cargo à disposição.

– Ele chamou a gente para conversar para falar sobre o que tinha dito para dizer que estava fechado com o grupo, que o pensamento dele estava no Botafogo, estava em ficar no Brasil. Não teve nenhuma treta dentro do clube. Não teve nenhuma desavença – explicou, detalhando como foi o fim de trajetória:

– Até quando o Textor decidiu trocar o comando, ele (Lage) foi lá se despedir da gente pessoalmente. Ele falou que a visão foi nos proteger e por isso falou aquilo ali. Foi essa a explicação que ele deu para gente. Seguimos o nosso trabalho até onde deu – completou.

Júnior Santos também demonstrou otimismo em relação ao técnico Lúcio Flávio e à sua parceria com o auxiliar Joel Carli. Aos seus olhos, a busca por continuidade norteará a nova comissão técnica.

– Já tínhamos um estilo de jogo e esse estilo de jogo tinha uma forma de treinar, onde a gente se sentia à vontade, se sentia bem, prazer em fazer os trabalhos para os jogos. O Carli e o Lúcio já conhecem a forma que deu certo. A fórmula eles já sabiam e foi o que fizeram – afirmou.

Júnior Santos ainda refoçou uma torcida:

– Torço para que eles permaneçam no comando. O grupo se sente confortável e confiante com eles. Eu quero que eles fiquem porque queremos dar essa continuidade, e tenho certeza que o grupo vai estar dando essa resposta dentro de campo também – assegurou.

O Botafogo, líder com 55 pontos, encara o América-MG no dia 18, no Independência.

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