Nesta terça-feira (20), na Arena, o Grêmio ficou no 0 a 0 com o CSA e foi eliminado ainda na terceira fase da Copa do Brasil. Após a queda gremista, o técnico Mano Menezes desabafou sobre a arbitragem por conta do gol anulado de Aravena nos minutos finais.
Em coletiva, o comandante do time gaúcho desabafou sobre a anulação do gol pelo árbitro Matheus Delgado Candançan e pediu uma reflexão sobre a arbitragem no futebol brasileiro.
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"É a oitava vez que o VAR chama e o árbitro não modifica a sua postura. A gente, pra não dizer que a gente não fala quando a gente é beneficiado, eu quero deixar bem claro que no futebol a vida inteira a gente foi favorecido e prejudicado, sempre foi assim. O que está errado é quando a gente só é prejudicado. Não é possível que nas oito vezes que o árbitro foi chamado, em nenhuma delas o Grêmio tinha razão ou a decisão deveria ser a favor do Grêmio. É isso que estamos falando", disse.
"A bola foi longe do jogador que caiu, a bola foi cabeçada pelo Wagner Leonardo longe, o jogador não ia participar da bola, o jogador do CSA empurrou o Kannemann em direção a outro jogador. Tudo isso é bem nítido na imagem. Não é possível que você vai lá e não enxergue isso, porque está claro para todo mundo", prosseguiu.
"Nós não temos nada pra reclamar do torcedor. É muito duro você ouvir que você é um time sem vergonha, mas a paixão, a sequência de resultados, as coisas que acontecem dentro de campo levam o torcedor a externar como fez no final do jogo. Mas ele ajudou o tempo inteiro e nós temos que fazer mais pra trazê-lo de volta a Arena. Eu procuro ser coerente com aquilo que eu falo. A gente precisa aproveitar essa postura, essa dedicação, essa entrega, pra quando pudermos trabalhar a gente consiga construir algo mais palpável de jogo, que comprove isso, que a gente está no caminho."
Mano ainda falou sobre a postura da sua equipe em campo e citou a posse de bola maior do Tricolor, que mesmo assim não soube aproveitar as chances que teve para vencer o jogo e, quem sabe, buscar a vaga.
"O futebol não é um lugar de justiça, porque se fosse nós teríamos feito um gol hoje. Fizemos. Achei que a equipe se entregou ao máximo daquilo que queríamos fazer de comportamento. Tirando os dois minutos iniciais, que entrou meio atrapalhada, deu controle absoluto do jogo, com 77% de posse de bola, que é raro, 26 conclusões… Deu uma série de números que mostra a superioridade tática que o Grêmio teve no jogo de hoje. Onde reside o problema na nossa avaliação, que a gente tem que fazer melhor com 77% de posse de bola, que a gente, que a gente precisa ter um pouco mais de calma com 77% de posse de bola, em determinados momentos fomos afoitos", disse.
"Faltou um jogo um pouco mais lúcido para criar oportunidades mais claras, além daquelas que a gente criou. A equipe começa a se estruturar como equipe e a partir daí precisa ter as resoluções. Esses problemas ficam mais em evidência quando jogamos contra equipes fechadas. É isso que temos que resolver, é isso que estamos trabalhando. Mas vou ressaltar que a equipe se entregou ao máximo pra tentar desmanchar a vantagem de 3 a 2 que na minha opinião foi deixada acontecer em cinco minutos de jogo lá, que não foi possível ser executada hoje, pelo menos para as penalidades máximas, por um erro grave de arbitragem."