Flávio vinha em um tratamento intenso contra a doença. Ele chegou a perder mais de 40 quilos e ficou três meses internado, mas havia apresentado uma melhora em seu quadro de saúde. No entanto, o câncer retornou de maneira agressiva. Em 2024, após passar por dificuldades financeiras, amigos, ex-colegas e torcedores se mobilizaram em uma campanha de doações para ajudar o ídolo.
Campeão brasileiro ao lado de Pantera em 2001, o ex-volante Cocito, amigo do goleiro, acompanhou a luta contra a doença. Em resposta ao Lance!, ele contou que os problemas de saúde surgiram no final de 2023 e foram inicialmente diagnosticados como uma depressão por questões financeiras.
Segundo Cocito, o diagnóstico de câncer veio mais tarde e, embora Flávio tenha se recuperado bem após uma cirurgia, a doença retornou de forma agressiva. — Eu falei com ele na quinta-feira, ele não estava levantando, estava com muita dor nas costas, não estava andando — lamentou o amigo e ex-companheiro de equipe.
Nascido em Maceió, Flávio Emídio dos Santos Vieira chegou ao Athletico em 1995 para a disputa da Série B, da qual foi campeão. A partir de 1998, assumiu a titularidade absoluta e iniciou uma trajetória de glórias, tornando-se o jogador com mais títulos na história do clube: oito no total. O mais importante deles foi o histórico Campeonato Brasileiro de 2001.
Com 303 partidas, é também o nono jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra. O clube lamentou a perda, afirmando que Flávio “deixa um legado e uma história que jamais serão apagados”.
Após uma rápida passagem pelo Vasco em 2003, Flávio Pantera chegou ao Paraná Clube para também cravar seu nome na história. Ele rapidamente virou titular e ídolo, sendo a estrela da conquista do Campeonato Paranaense de 2006, o último título de elite da história do Tricolor.
No ano seguinte, foi o goleiro titular na única participação do clube na Copa Libertadores. O Paraná Clube, em nota, afirmou que o goleiro “marcou época com a camisa tricolor”.
O CSA, clube que o revelou no início dos anos 90 e para o qual retornou antes de encerrar a carreira, também prestou homenagens. “Ídolo da torcida azulina, Flávio vestiu a camisa do CSA com garra, talento e amor”, publicou o clube alagoano, onde o Pantera também trabalhou em comissões técnicas após pendurar as luvas.