À época, o Palmeiras chegou a oferecer mais de R$ 100 milhões pelo ‘artilheiro reverência’, apesar da negativa do vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz. O dirigente, inclusive, foi categórico ao afirmar que o Verdão não tinha intenção em negociar o jogador. Não é preciso dizer o quão acertada foi a decisão.
Sem negócio por Pedro, o Palmeiras acabou buscando em países vizinhos outros jogadores para a posição de centroavante: Miguel Merentiel e ‘Flaco’ López. O primeiro já não faz mais parte do elenco do Verdão – defende o Boca Juniors (Argentina). O outro viu o baile Rubro-Negro do banco de reservas.
Mas a ironia não para por aí: de lá para cá, o centroavante se tornou carrasco do Verdão e marcou seis gols em nove jogos vestindo a camisa do Rubro-negro, já contando com os dois da última partida entre as equipes.
A história de Pedro com o Flamengo escancara a diferença de postura entre os modelos de gestão das duas equipes: enquanto o Flamengo se mostra agressivo no mercado, e firme na decisão de segurar um dos melhores jogadores de seu elenco, mesmo que ele não esteja atuando com frequência, o Palmeiras parece letárgico, apático, medroso.
Vale o registro: exaltar as virtudes da gestão do Flamengo não significa necessariamente dizer que tudo é perfeito, da mesma forma que apontar erros da direção palmeirense não invalida todo o trabalho feito até aqui. No duelo do Maracanã, no entanto, sai vitoriosa a direção do Flamengo, graças aos dois gols de Pedro.