Kléberson não titubeou e usou a publicação de lamentação do próprio Furacão para reforçar a necessidade de lembrar dos atletas que fizeram história no Athletico quando ainda estão vivos. Flávio Pantera foi o goleiro do título brasileiro em 2001, o único do clube na principal competição do Brasil, junto com o volante.

– Espero que a diretoria do Athletico faça uma homenagem decente para o nosso Pantera. Pois, infelizmente, nossos guerreiros que defenderam a camisa rubro-negra com amor e paixão somos (sic) lembrados somente quando passamos para a outra vida – alertou Kleberson.

– Nos despedimos hoje desse amigo, guerreio, ídolo por onde passou, um grande exemplo dentro de fora de campo. Descanse em paz meu amigo e que Deus conforte os seus familiares! Foi uma honra ter trabalhado com um cara tão especial e um privilégio ter ido até sua casa em Maceió, no ano passado, para te dar um abraço – publicou Kléberson.

Até aqui, o Furacão fez uma postagem para informar o falecimento de Flávio Pantera e outra em que relembra grandes defesas do goleiro com a camisa atleticana. O Athletico só volta a jogar na Arena da Baixada na terça-feira (22), diante da Ferroviária-SP, pela Série B.

Flávio vinha em um tratamento intenso contra a doença. Ele chegou a perder mais de 40 quilos e ficou três meses internado, mas havia apresentado uma melhora em seu quadro de saúde e afirmou que tinha vencido a batalha em fevereiro deste ano.

No entanto, o câncer retornou de maneira agressiva no último mês. Em 2024, após passar por dificuldades financeiras, amigos, ex-colegas e torcedores se mobilizaram em uma campanha de doações para ajudar o ídolo.

Campeão brasileiro ao lado de Pantera em 2001, o ex-volante Cocito, amigo do goleiro, acompanhou a luta contra a doença. Em resposta ao Lance!, ele contou que os problemas de saúde surgiram no final de 2023 e foram inicialmente diagnosticados como uma depressão por questões financeiras.

Segundo Cocito, o diagnóstico de câncer veio mais tarde e, embora Flávio tenha se recuperado bem após uma cirurgia, a doença retornou de forma agressiva. — Eu falei com ele na quinta-feira, ele não estava levantando, estava com muita dor nas costas, não estava andando — lamentou o amigo e ex-companheiro de equipe.

Nascido em Maceió, Flávio Emídio dos Santos Vieira chegou ao Athletico em 1995 para a disputa da Série B, da qual foi campeão. A partir de 1998, assumiu a titularidade absoluta e iniciou uma trajetória de glórias, tornando-se o jogador com mais títulos na história do clube: oito no total. O mais importante deles foi o histórico Campeonato Brasileiro de 2001.

Com 303 partidas, é também o nono jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra. O clube lamentou a perda, afirmando que Flávio “deixa um legado e uma história que jamais serão apagados”.

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