– A gente fez uma reunião interna. Fecharemos os detalhes até sábado e confirmaremos tudo o que será apresentado na reunião na CPI na próxima terça-feira (23), às 14h30 – disse ao LANCE!.
O parlamentar destacou que a CPI pretende dar ouvido a todos.
– Vamos dar espaço não só para o que está acontecendo na investigação do MP-GO, mas também para ouvir representantes de entidades de futebol e das casas de apostas – afirmou.
Arcoverde detalhou as perspectivas entre os integrantes da comissão.
– Todos nós, membros desta comissão, estamos muito animados. Temos esta questão que vamos avaliar do MP-GO e acreditamos que não vamos só punir os responsáveis, mas também passaremos a acreditar em priorizar o combate ao crime. Também temos de cuidar de regulamentação das casas de apostas – disse o deputado.
Em seguida, o parlamentar foi taxativo.
– O Governo Federal falou há algum tempo em relação a regulamentar os jogos e isto tem de ser colocado em pauta para que evitemos manipulações como estas.
A reunião de alinhamento teve a presença do relator Felipe Carreras (PSB-CE), além de integrantes de suas respectivas equipes e de dois consultores.
André Figueiredo (PDT-CE), Daniel Agrobom (PL-GO) e Ricardo Silva (PSD-SP) foram designados vice-presidentes. A previsão é de que os depoimentos durem 120 dias. Ao final, será elaborado relatório com as conclusões da CPI ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com objetivo de que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores ou haja adoção de outras medidas legais.
ENTENDA O CASO
A investigação sobre suspeita de manipulação de resultados teve início em novembro do ano passado. O mandatário do Vila Nova, Jorge Hugo Bravo, descobriu que jogadores do clube vinham sendo aliciados por um grupo de apostadores antes da partida contra o Sport pela Série B. O dirigente juntou provas da tentativa de manipulação e procurou os promotores que combatem o crime organizado no estado.
A investigação apontou que houve manipulações em jogos das Séries A e B do Brasileirão de 2022 e em partidas de Estaduais. O grupo pagava para que jogadores fizessem determinadas ações, como receber cartões amarelo e vermelho ou cometer pênaltis. Em paralelo, os integrantes apostavam em sites do ramo que esses lances ocorreriam durante os jogos e conseguiam lucros.
Há estimativas de que o grupo “investiu” R$ 8430,00 e somou ganhos de R$ 730.616,00. O MP-GO continuará a apurar o caso e não descarta que ocorreram manipulações de resultados em outros jogos de futebol. A Operação Penalidade Máxima está em sua segunda fase.