Vale lembrar que o Verdão passou a dever a patrocinadora a partir de 2018. Antes disso, a empresa de Leila Pereira investia na contratação de jogadores e o clube devolvia os valores quando fizesse a venda, ficando com o lucro da operação. Caso a quantia da transferência fosse inferior ao que foi pago ou que o atleta saísse sem custos, a Crefisa é quem assumia o prejuízo.

No entanto, a empresa acabou sendo multada pela Receita Federal, que vetou a modalidade da parceria. Com isso, o Alviverde passou a assumir o prejuízo em caso de não recuperar todo o valor do investimento inicial. Para isso, teria dois anos a partir da saída do atleta para devolver o dinheiro à patrocinadora, que impôs juros amigáveis para o pagamento.

Assim, esse passivo começou a aparecer no balanço do clube no ano de 2018, quando o valor era de R$ 142,7 milhões. Já em 2019, quando esse débito atingiu seu auge, o valor era de R$ 172,1 milhões. A partir de 2020, porém, usando premiações e outras receitas, o Palmeiras iniciou um processo de abatimento da dívida, que chegou a R$ 65,7 milhões em dezembro de 2022, e R$ 43 milhões agora em agosto de 2023.

Ou seja, em menos de quatro anos, o Verdão conseguiu abater 75% da dívida que tem com a Crefisa. O clube não projeta um prazo para quitar completamente esse débito, mas deve seguir utilizando os bônus por títulos pagos pela própria patrocinadora para ajudar nessa conta.

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