Para Volpi, mesmo que não abrisse suas redes sociais, seria impossível ficar alheio. O goleiro contou que amigos mandaram mensagem de ‘força aí’ no WhatsApp, e isso o obrigou a se inteirar sobre o que estava acontecendo. No auge da repercussão, que contou com a hashtag #VolpiNão, a direção gremista chegou a ligar para o jogador.

— ‘Existe uma campanha muito forte para que tu não venha para cá, e a gente quer saber o que tu pensa’. Eu falei para eles o mesmo que falei na minha primeira entrevista: ‘Infelizmente, eu não consigo controlar o que vem de fora. Eu não sou isso que as pessoas estão dizendo. Hoje só existe uma maneira de eu não ir para o Grêmio: se vocês acreditam no que as pessoas estão falando’. Com o externo, dou um jeito depois. Agora, eu não posso ir para um lugar onde o interno não confia em mim. Sempre vou me importar mais com o interno do que o externo. A partir desse momento, eles também foram muito ponta firme comigo no sentido de ‘não muda em nada a convicção que a gente tem’ — revelou Volpi.

— Eu não posso viver nessa loucura que as pessoas vivem de ‘agora não presta mais’. Eu errei em um jogo lá contra o Godoy Cruz e contra o Vitória. Mas eu não sou o pior do mundo porque errei naqueles dias, nem sou o melhor do mundo porque lá contra o Atlético-MG, nas decisões por pênalti, contra o Juventude [fui bem]. Hoje ninguém mais presta. Porque se um dia tu vai como as pessoas querem, top, mas se não vai, é um negócio muito louco: não presta. As pessoas perguntam: ‘como tu consegue?’. Tentando viver uma vida normal, centrado no que são as coisas — concluiu Volpi.

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