Neste contexto, Duílio pode tentar esbarrar em alguns argumentos de acontecimentos que ‘apaziguam’ a situação enfrentada nos internos do time. Um dos grandes exemplos diz respeito a um velho problema do Corinthians nos últimos anos: as dívidas.
Em junho deste ano, o presidente Duílio Monteiro Alves revelou que desde o início de seu mandato, em janeiro de 2021, a diretoria já pagou mais de R$ 250 milhões entre processos judiciais e casos na Fifa. E ao que tudo indica segundo as palavras do dirigente, estes processos dizem respeito a ‘muitos acordos feitos no passado e que se não forem cumpridos causam prejuízos maiores ao clube’.
– Muito se falou de transfer ban, que o Corinthians não pagou as contas. O Corinthians pagou mais de 250 milhões de contas na minha gestão, entre processos e Fifa. Esse dinheiro tem que ser pago, assim como muitos acordos feitos no passado e que se não forem cumpridos causam prejuízos maiores ao clube. Não quero que o próximo presidente passe por isso – disse o mandatário corintiano ao programa Os Donos da Bola, da Bandeirantes.
Em 2022, o Corinthians alcançou seu maior faturamento da história, com R$ 770 milhões. Tais números foram impulsionados pelo retorno da bilheteria na Arena pós-pandemia e a performance esportiva, principalmente na Copa do Brasil, onde o clube foi finalista. Mas como visto neste ano, a situação é completamente diferente.
Mas não somente isso poderia ter funcionado como um ‘trampolim’ para ajudar na popularidade de Duílio. O presidente até tentou ultrapassar de forma considerável os valores estabelecidos para as vendas de jogadores, em comparação ao que foi visto em seu último ano de presidência.
Polêmicas balançam confiançaUm show terminando sem aplausos? Os últimos momentos de Duílio Monteiro Alves, antes deste período eleitoral e de uma definição para o futuro, estão repletos de polêmicas.
Uma das mais recentes e emblemáticas é sobre a vinda de Mano Menezes. Se adaptando e com um trabalho muito bem visto pelos jogadores e pela comissão, Duílio chegou a ‘viralizar’ após uma mensagem vazada mostrar uma fala sua alegando que Mano não seria técnico do time enquanto ele estivesse à frente do comando alvinegro.
Além disso, ainda se ligando aos tópicos anteriores sobre vendas de jogadores, algumas atitudes do atual dirigente chamaram atenção nos últimos meses. Mesmo com os R$ 200 milhões arrecadados com as vendas, algumas negociações, como ‘pacotão’ do Zenit, na Rússia, foram questionadas sobre valores muito abaixo que o esperado.
Mas um dos principais pontos: dos 36 anos, pode ser o primeiro presidente do Corinthians a deixar o time sem conquistar nenhum título. A última vez que um presidente deixou o Timão sem nenhuma taça foi há 36 anos. No caso, na gestão de Roberto Pasqua, que comandou o clube entre 1985 e 1987.