O Vasco associativo publicou o balanço de 2024. Após três meses de atraso, a gestão de Pedrinho destrinchou as finanças do clube. A associação teve um aumento de 41% na receita e 28% na dívida. Além disso, há uma acusação de desvio de valores arrecadados por uma empresa contratada pelo ex-presidente Jorge Salgado.

“Sobre o resultado financeiro, iniciamos o mandato pressionados por uma geração de caixa negativa, ou seja, receitas menores que despesas, e uma cobrança tempestiva, por parte do Vasco SAF, de um adiantamento feito pela Diretoria Administrativa de Jorge Salgado no valor de R$ 263 mil em 2023”.

“Além disso, a empresa responsável pelo programa de sócios estatutários contratada pela Diretoria de Jorge Salgado, uma medida imposta pela 777 Partners enquanto gestora da Vasco SAF, desviou R$ 220 mil dos valores arrecadados de mensalidade de sócios. Esse caso já está sendo tratado pelas autoridades competentes, com processos em andamento tanto na esfera criminal quanto na cível.”

A diretoria do Vasco considera o caso como inadimplemento e disse que a SAF, na época comandada pela 777 Partners, fez uma cobrança para regularização de um adiantamento da gestão do ex-presidente Jorge Salgado. Veja abaixo.

“Esse cenário financeiro foi agravado pela cobrança imediata da Vasco SAF pela regularização de um adiantamento de R$ 263 mil feito pela Diretoria Administrativa da gestão de Jorge Salgado, referente à receita trimestral do contrato de royalties fixos. A partir do segundo trimestre, as medidas implementadas estancaram o consumo de caixa, atingindo equilíbrio financeiro. No terceiro trimestre, fomos surpreendidos pela inadimplência da empresa prestadora de serviço do programa de sócio estatutário, que deixou de repassar ao clube aproximadamente R$ 220 mil referentes ao pagamento de mensalidades de sócios.”

O balanço também aponta que a execução fiscal que o Vasco recebeu, cobrando valores de dívida ativa referentes a FGTS e Contribuição Social, do período entre 2009 a 2019 (R$ 29,3 milhões). Entre 2020 e 2022 mais um valor de R$ 2,7 milhões.

“Os débitos de natureza previdenciária e não previdenciária incidentes sobre a folha de pagamento do período de maio a setembro de 2022 foram regularizados por meio de parcelamento junto a PGFN. O pagamento dos parcelamentos está sendo adimplido pelo Vasco SAF e cobrado do CRVG através do “Conta Corrente VGSAF x CRVG.”

Por outro lado, o balanço do Vasco mostrou um aumento de 41% da receita. De R$ 12,4 milhões foi para R$ 17,6 milhões. O clube comemorou e disse que isso se deve aos valores arrecadados com patrocinadores.

“Além da renovação do patrocínio do basquete masculino para a temporada 2024/2025 — com valor superior ao da temporada anterior —, o CRVG também anunciou a captação de um novo patrocinador para o futsal masculino, que marca seu retorno a um campeonato nacional após 16 anos de ausência. O time de futsal conquistou, de forma invicta, o título carioca. Ambas as modalidades têm 100% de suas despesas operacionais cobertas pelas receitas de patrocínio.”

As dívidas também cresceram da mesma forma que as receitas. O Vasco considera que o aumento do endividamento foi por conta das “contingências cíveis de R$ 18,8 milhões e o recebimento de uma nova notificação sobre dívidas de FGTS e contribuição social no valor de R$ 32,1 milhões, acompanhados de multas sobre esses valores no montante de R$ 2,1 milhões”.

“Com relação às menções feitas à gestão Jorge Salgado nas cartas do presidente do CRVG e da Administração do CRVG relativas a contratação de empresa para gerir o programa de sócio estatutário, que integram o balanço de 2024 publicado ontem (30/6), temos os seguintes esclarecimentos a prestar:

Jorge Salgado”

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